quarta-feira, 19 de junho de 2024

Caminhantes com o Ventor

O Vexilóide de Alexandre Magno que caminhou para leste ao encontro do sol, continua a rebocar-me mundo fora, mesmo daqui do meu cantinho, quer para leste, quer para oeste e permite que eu faça alguns dribles quer para norte, quer para sul.

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Pilantras

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Vexilóide de Alexandre Magno

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Quico

 
Agora, encostei no meu cantinho, de onde vou espreitando por estas janelas e observando a Grande Caminhada do Ventor


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Ventor pela Europa

 Numa colina, mais elevada, sobre as planícies de Salisbury, no centro sul da velha Inglaterra, estava o Ventor sentado sobre o seu cavalo branco, Antar, observando alguns movimentos estranhos dos habitantes locais, dirigidos por homens vestidos de branco.

Sobre o Antar, o Ventor observava atento o que se passava à sua volta e não entendia nada. Grandes aglomerados de homens se esforçavam a tentar mover algo gigantesco para as suas possibilidades. Mais afastado, num outro local, o Ventor observava uns pilares de pedras colocados na vertical, em circo e isso causava-lhe estranheza.

Em tempos passados, o Ventor tinha caminhado pela Atlântida que visitava e aproveitava para ferrar o seu cavalo Antar no seu amigo Mitonde, um velho ferreiro muito profissional que ferrava os cavalos da realeza. Juntos, sempre que podiam, o Ventor e o Mitonde caminhavam pela Europa, por onde se encontravam de vez em quando. Por vezes viajavam juntos e o Mitonde deixava o Ventor por aí e  regressava à Atlântida, para resolver alguns problemas, regressando mais tarde , a essa ilha a que, no futuro, os homens viriam a chamar de Grã-Bretanha ou por algumas das estâncias mais desenvolvidas onde se desenrolavam as migrações de povos, normalmente, das estepes asiáticas para as planícies europeias.

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Freyr e Gullinbursti, um deus nórdico

Antes da tal ilha, fazia algumas viagens pela Europa continental do centro e norte, por onde se encontrava com Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outros, e conversaram sobre a rudeza dos povos que então povoavam este lindo continente. 

Entretanto, o Ventor foi assistindo às várias destrezas dos homens da época, quer na caça, quer na sua habilidade de colectar os frutos comestíveis da época e os velhos artistas de então que foram deixando por aqui e por ali, as imagens que nos deixaram pintadas nas rochas, dos tectos das grutas onde se abrigavam dos frios (como Altamira), comunicando assim, aos vindouros, como era o mundo do seu tempo.

Depois de uma caminhada nas margens daquele rio bonito a que vieram a chamar Tamisa, passou a subir colinas e esperar quase todos os dias que o nevoeiro sumisse esfarelado pelos raios luminosos e quentes do seu amigo Apolo.

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Poseídon, deus dos oceanos

Entretanto, cavalgando nos nevoeiros esfarrapados, entre as colinas acinzentadas e foscas, ia observando, nas áreas envolventes, as actividades daquelas gentes e recordava aquela velha Atlântida tão civilizada e desenvolvida que Poseídon o Deus dos oceanos, todo invejoso, resolveu levar para junto de si.

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

terça-feira, 18 de junho de 2024

Atlântida

Olá, amigos! Coisas do Quico. O Quico conheceu este atlante que se diz Mitonde e começou assim.

«Eu sou o Mitonde!

Para os que me conhecem, continuo a ser o Mitonde, para os que não me conhecem, eu vou dizer-vos quem sou.

Como Ignatius L. Donnelly's viu a Atlântida no seu livro, Atlantis: the Antediluvian World


Eu sou um atlante, amigo do Ventor! Amigo do Ventor, há milénios! E fui, sou ainda, amigo do Quico, o gato do Ventor, um gato que sabia tudo ou quase.

Nos velhos tempos que o Ventor fazia as suas sortidas pelo nosso Planeta Azul, encontrávamo-nos na Atlântida. Eu era ferreiro, na bela cidade dos ciclos e dos quadriláteros.

Um dia, o Ventor acompanhado pelo seu belo cavalo branco, o nosso amigo Antar, saltou do cavalo, prendeu-o numa ferradura colocada para o efeito, no lado direito da porta e ficou lá no centro da entrada a ver-me maltratar o ferro que iria dar ferraduras. Assim já ficam a saber que a minha especialidade era malhar no ferro|

Eu fazia tudo para manter os belos cavalos da Atlântida bem ferrados e, quando se tratava do nosso belo Antar, esmerava-me!


 

Nós, na Atlântida, o povo da Atlântida, éramos um povo feliz. Haviam muitas tascas, onde comíamos, jogávamos e contávamos histórias uns aos outros.

Um dia, depois de ter o Antar ferrado e de almoçarmos, numa dessas tascas de madeira, as tascas do povo, despedimo-nos, até uma próxima. Porém o Ventor não voltou tão depressa!

Alguns anos depois, apareceu o Ventor e, ao encarar com a bela Atlântida, ficou muito triste.

As tascas onde o Ventor comia, a minha serralharia, os palácios reais, tudo estava destruído. Foi uma tormenta para todos os atlantes e, também para o Ventor. Tudo estava arrasado! Houve gente, atlantes, que conseguiram entrar nos navios e espalharam-se pelo Planeta Azul, em todas as direcções. Foram-se instalando por onde puderam.


 A Atlântida foi submergindo

Tal como os gregos, os troianos e, muitos outros povos que o mundo foi conhecendo, os atlantes também tinham várias colónias. Elas situavam-se  em vários pontos do planeta e receberam os atlantes que conseguiram resistir à destruição. Os atlantes que conseguiram partir foram recebidos em muitos desses locais como irmãos. A Atlântida tinha colónias subaquáticas que julgo terem sido todas destruídas. Tal como uma catástrofe que surgisse hoje, os meios de comunicação também desapareceram e a informação era escassa ou mesmo nula.



 Hercules, o homem que caminhou pelo estreito de Gibraltar

Para já, e esse era um problema do Quico, que não percebeu bem as coisas que o Ventor contava dos atlantes, tenho de vos dizer o seguinte: não olhem para os atlantes como um povo que nasceu, viveu e morreu. Todos nós, todos vós, somos atlantes! As cidades antigas que pululam por aí, escondidas sob a terra ou sob o mar e outras como Atenas, Esparta, Tróia e povos como os Egípcios, Sumérios, Incas, Aztecas, etç., são Atlantes! O Fulcro central da Atlântida, sumiu do mapa, desapareceu, submergiu mas, os atlantes continuam por aí! Hoje algumas das nossas cidades estão submersas, desde então, outras foram submergindo, lentamente.

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As novas colunas de Hércules no Estreito de Gibraltar

Outras cidades como Tróia (apenas, por exemplo), e tantas outras, quase atingiram o esplendor da Atântida, foram os milénios, os séculos, as catástrofes naturais, as guerras que as foram eliminando, total ou parcialmente.

Esqueçam a confusão de informações que atropelam a actual humanidade. Esqueçam os timings que os especialistas, à deriva, vos dão, quanto à existência do homem neste Planeta Azul. É uma confusão de guerras, de catástrofes, ... esqueçam! A humanidade anda por aqui há muitos mas mesmo muitos milhares de anos. Eu ainda tentei ter acesso aos velhos computadores da Atlântida, situados numa das colónias subaquáticas, mas não consegui. Tudo que era essencial, acabou! As novas civilizações que foram aparecendo ficaram muito limitadas e, só com o tempo, muito tempo, foram adquirindo um progresso que nada tinha a ver com o meu povo e progrediam, ano após ano mas, por guerras incríveis, foram-se destruindo permanentemente ... o meu espírito só está aqui porque o Ventor e o Quico me pediram!

Continuarei por aqui»!

O Quico pediu ao Mitonde para lhe falar da Atlântida e ele falou para o Quico e para o mundo. Eu, o vosso amigo Pilantras uso os rascunhos do Quico e coloco aqui na Grande Caminhada.

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

domingo, 16 de junho de 2024

Espreitando do meu Cantinho

Aqui, do meu Cantinho, eu e o meu gato, somos dois observadores atentos. Observamos por janelas reais e por janelas virtuais muitas das caminhadas interessantes que fizemos juntos.

Nós caminhamos, lado a lado. com o Ventor e agora observamos juntos a pegada que deixamos por aqui, cheia de flores, de animais, de paisagens ... 


Enfim, tudo começou por aqui, em Adrão, um lugar nas fraldas das montanhas da serra de Soajo, uma das mais lindas serra localizada no Minho, na margem direita do rio Lima.

Esta serra já foi abrigo de lobos que por lá caminhavam nos anos 50, ao lado do Ventor. Eles cruzavam a fronteira entre Portugal e a Galiza, sem passaporte, pilhando dos dois lados a sua subsistência, atacando todos os tipos de gados.

Na serra de Soajo, os lobos procriavam em várias zonas a que chamamos Brusca, ... e até no Curral Coberto, uma zona baixa que fica entre a Branda da Assureira de Adrão e o Lugar de Cunhas, do lado esquerdo do rio Adrão.

O Ventor viveu 15 anos em Adrão, em cujos montes caminhou entre os lobos e, fosse porque fosse, os lobos fizeram com ele um pacto de não agressão. Havia, entre Adrão e Paradela, um sítio chamado Chãe da Porca com dois locais de formação argiloso onde os lobos comiam o barro ou argila e por vezes faziam ali as suas necessidades e, quando o Ventor por lá passava, ainda encontrava as suas fezes quentes a vaporizarem-se e as suas patadas fresquinhas, mas nunca os via.

Andaremos por aqui e contaremos histórias dessas caminhadas.